Todo mundo vê essas siglas na hora de comprar uma passagem, de imprimir o cartão de embarque ou mesmo nas informações dos terminais. Se você tem curiosidade de saber mais sobre o código dos aeroportos, vamos te contar nesse post sobre quais informações estão por trás deles.

Entendendo o código dos aeroportos

Tenho certeza que você já deve ser se deparado com aqueles códigos de três letras que identificam os aeroportos no Brasil e mundo afora. Estou me referindo a siglas como GRU, CGH, GIG, SDU, BSB, CDG, FRA, LHR, DXB, e por aí vai…

Estas siglas são presença constante em buscas de voos. Igualmente, no seu cartão de embarque, na etiqueta da sua bagagem despachada e muitas vezes até mesmo no letreiro do próprio aeroporto. Em várias situações, esta sigla transforma-se até mesmo em marketing para o próprio aeroporto. Vejam abaixo a logomarca da GRU Airport, concessionária responsável pela administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos:

Essas três letrinhas fazem parte do leque de códigos IATA. Entretanto, aeroportos possuem também outro tipo de código. Composto por quatro letras. O código ICAO. O código ICAO para o Aeroporto de Guarulhos, por exemplo, é SBGR. Estes códigos dos aeroportos são menos conhecidos. Vamos abordar neste post a origem e o porquê de ambos os sistemas. 

IATA E ICAO

Antes de tudo, vamos deixar uma coisa bem clara: o que são IATA e ICAO.

• IATA: International Air Transport Association (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Trata-se de uma associação comercial das companhias aéreas do mundo, fundada em 1945. A IATA estabelece padrões técnicos para as companhias aéreas. 290 empresas são signatárias da associação.
• ICAO: International Civil Aviation Organization (Organização da Aviação Civil Internacional). Trata-se de uma agência especializada das Organizações das Nações Unidas (ONU), criada em 1947 e conta com 191 países-membros. Seus principais objetivos são o desenvolvimento dos princípios e técnicas de navegação aérea internacional. Igualmente, com a organização e o progresso dos transportes aéreos. Desta forma, favorece a segurança, a eficiência, a economia e o desenvolvimento dos serviços aéreos.

O QUE SIGNIFICAM OS CÓDIGOS IATA DOS AEROPORTOS

Normalmente, os códigos IATA levam as três primeiras letras da cidade onde está o aeroporto. Como acontece em Miami (MIA), Frankfurt (FRA) ou Belém do Pará (BEL). Em outros casos, as iniciais do nome do aeroporto são as que assumem esta função, como, por exemplo, o Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro, ou o John F. Kennedy (JFK), em Nova York e o Charles de Gaulle (CDG), em Paris.

Entretanto, no caso de uma eventual sigla desejada já esteja em uso dentro da malha das 17.576 combinações possíveis, faz-se alguns ajustes. No Brasil, o exemplo mais clássico foi o que ocorreu com o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, inaugurado em 1985. O código GRU foi escolhido, pois o código GUA já era usado no Aeroporto Internacional da Cidade da Guatemala – La Aurora, inaugurado em 1941.

A IATA foi fundada em 1947, vale lembrar, e, naturalmente, muitos aeroportos já existiam nessa época. Em alguns casos, houve disputa entre códigos. Já em outros casos, as disputas foram ignoradas. Como nos aeroportos canadenses, por exemplo. Lá foram mantidos os códigos de duas letras que já eram usados antes da IATA. Estas duas letras, por sua vez, tinham relação com os postos de telégrafo do país, acrescentando a letra Y na frente. Assim, todos os aeroportos canadenses têm seus códigos IATA começando com a letra Y. Como exemplo, podemos citar os aeroportos de Toronto (YYZ), Vancouver (YVR), Montréal (YUL) e Calgary (YYC).

Se quiser descobrir o código dos aeroportos pela IATA, eles tem um buscador interno onde você pode pesquisar – veja aqui.

O QUE SIGNIFICAM OS CÓDIGOS ICAO DOS AEROPORTOS

O sistema ICAO segue uma lógica diferente, mas não menos racional. Através dele se identifica a localização dos aeroportos. A primeira letra designa uma “região”. A segunda letra designa um país. E as duas restantes representam o aeroporto específico.

No caso de países grandes, como Estados Unidos, Brasil, Rússia, entre outros, a segunda letra pode designar uma área específica de seu território. No nosso país, por exemplo, possui 5 códigos diferentes: B, D, N, S, W. Entretanto, o código B é o mais comum.

A título de exemplo, o aeroporto Tom Jobim – Galeão, no Rio de Janeiro, recebe o código SBGL: S para América do Sul, B para a região em que está, e GL identificando Galeão.

Veja outros exemplos no Brasil:

• Aeroporto de Guarulhos: SBGR. S para América do Sul, B para a região em que está, GR como identificação para Guarulhos;
• Aeroporto de Congonhas: SBSP. S para América do Sul, B para a região em que está, SP identificando que está em São Paulo;
• Aeroporto de Maceió: SBMO. S para América do Sul, B para a região em que está, MO como identificação da cidade de Maceió;

Agora, exemplos de aeroportos internacionais:

• Sydney, na Austrália: YSSY. Y para Austrália, S para a região em que se encontra e SY como identificação para a cidade de Sydney;
• Dubai, nos Emirados Árabes Unidos: OMDB. O para região do Oriente Médio, M para a região e DB indicando Dubai;
• Frankfurt, na Alemanha: EDDF: E para norte da Europa, D para a região, DF como indicação de Frankfurt.

Exceções

Mas, para toda regra há exceções: no código ICAO, o Canadá usa a letra C e os Estados Unidos a letra K na frente do código IATA (aquele de três letras). A cidade de Los Angeles é representada através de KLAX. Toronto, por sua vez, tem como código ICAO a abreviação CYYZ. Já, Alasca e Havaí são outras duas únicas exceções e utilizam a letra P. O Aeroporto de Honolulu é representado pelo código PHNL.

CONSIDERAÇÕES

Pois bem, essas três ou quatro letrinhas fazem total diferença nas suas viagens. Podem apostar. São elas um dos principais nortes técnicos da aviação civil.

Não obstante, se você não sabia acerca da origem dos códigos dos aeroportos, passe, por favor, este post e/ou esta informação adiante. Estamos tratando de uma utilidade pública para muitos viajantes, assim como você!

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