Se você pensa que um encontro de meninas é formado apenas por fofocas, roupas, sapatos e maquiagem…pensou errado! Tem menina se engajando para mudar a própria vida, ficar mais independente e fazer a diferença no mundo.
Nos dias 25 e 26 de Agosto de 2014 aconteceu na Austrália o Girls 20 Summit, um congresso que, seguindo o mesmo viés do encontro mundial de líderes do G20, reúne 24 representantes (uma menina de cada país do G20 e mais representantes dos sindicatos africanos e do Oriente Médio) para discutir engajamento econômico feminino em diversas áreas (como política, economia, infraestrutura etc). O encontro é promovido pela ONG Girls 20, e sempre acontece no mesmo país do encontro oficial dos líderes mundiais. Desta vez, foi sediado na Opera House, um dos pontos turísticos mais famosos e prestigiados de Sydney, e contou com diversos palestrantes ilustres – profissionais de diversos países e embaixadores.
Tive a honra de ser a única brasileira escolhida do ano, e, entre perrengues com o meu portunhol (tive uma conexão no Chile, que logo depois foi compensada por muita receptividade e um excesso de simpatia na Austrália), levei na mala comigo a minha principal missão:  quebrar os esteriótipos que com certeza viriam. E de fato, vieram. Uma das primeiras perguntas foi: “Tem muitas festas no Brasil, né? ”. E até as meninas entenderem que não somos só carnaval e futebol, que não tem araras nas ruas como no filme Rio, e que não falamos espanhol por aqui, levou um certo tempo.  Mas o choque cultural foi a melhor parte da experiência. Claro que a Austrália não é apenas coalas, cangurus e surfistas (apesar de ter, e muito!). Mas conhecer meninas que não podem sair de casa, namoram apenas pelo Whatsapp, estudam viajando o mundo e são donas de projetos sociais, faz você repensar a sua própria realidade.
Com a agenda lotada, nós mal paramos no hotel (que ficava em Darling Harbour, um dos bairros turísticos de Sydney).  Tivemos workshops e palestras sobre diversos assuntos, como Liderança, Comunicação e  Finanças, ministrados por profissionais reconhecidos nas áreas. Além disso, visitamos empresas, institutos, ONGs femininas, a Universidade de Tecnologia de Sydney e o Google.
Mas, claro, também tivemos a oportunidade de conhecer a Austrália e sua cultura. Visitamos os principais pontos turísticos (Opera House, Harbour Bridge, Taranga Zoo, Bondi Beach) e provamos as comidas locais, que na verdade, eram “multiculturais”. O povo australiano é muito plural (por onde quer que você vá, vai conhecer não só australianos, mas pessoas de diversos países) e “rouba” comida de outras nacionalidades; além do tradicional chocolate Tim-Tam (uma das minhas maiores saudades) e do Vegemite (do qual não sinto a menor falta), se consome muita macarronada, pizza, hambúrguer e comida asiática. Mesmo no inverno, os restaurantes e pubs eram completamente lotados, e a noite em Sydney era mais viva que uma sexta-feira em São Paulo.
A volta pra casa não foi fácil. Acostumada com o clima local e com o fuso-horário trocado, Sydney me encantou de tal forma que eu não queria ir embora.  E de fato, a Austrália é um país muito aberto para novas oportunidades (tanto de estudo quanto de emprego). As amizades que fiz foram muito importantes, e, além de expressões  em diversos idiomas, dinheiro de diversos países e um inglês menos “abrasileirado”, trouxe comigo as conversas noturnas do lobby do hotel,  uma caixa de Tim-Tam e uma Fernanda mais madura e conhecedora dela mesma.
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