A história e a tendência dos programas de milhas
A história revela como os programas de milhas começaram, conta como se desenvolveram e nos mostra como podem evoluir no futuro. Conheça neste post a história dos programas de milhas e descubra as tendências para os próximos anos!
Como tudo começou
Muita gente pensa que o primeiro programa de milhas foi o da American Airlines (assim como eu já pensei!), mas, na verdade, as origens dos programas de passageiro frequente remontam à década de 70, mais de dez anos antes do lançamento do AAdvantage.
Há fortes indícios de que o primeiro programa de fidelidade baseado em milhagem foi o da Texas International Airlines, em 1979, cia fundida com a Continental. Após ela, a Western Airlines (posteriormente adquirida pela Delta) teria criado o programa “Travel Bank” em 1980.
Somente em 1º de maio de 1981 é que nasceu o American Airlines AAdvantage, se tornando um dos maiores do mundo até os dias de hoje.
Em pouco menos de uma semana após o lançamento do Programa da AA, a United lançou seu próprio programa, o Mileage Plus que passou a ser MileagePlus depois da fusão com a Continental.
Outro programa internacional relevante surgiu nessa época. Em 1981, é criado o “Frequent Flyer” da Delta que, em 1995, passou a ser chamado de SkyMiles.
A evolução
Em 1982, a American Airlines firmou um acordo de cooperação para acúmulo e uso de milhas com a British Airways, permitindo que os associados do AAdvantage ganhassem e resgatassem milhas em voos da cia britânica para a Europa, algo totalmente inovador para a época.
Depois disso, muitas outras cias aéreas vieram a lançar seus programas de fidelidade e a maioria concedia aos seus passageiros milhas prêmio com base na distância real voada durante uma viagem.
Mas esse modelo começou a mudar em 2009, quando a Jet Blue atualizou o seu programa TrueBlue para que os seus passageiros começassem a ganhar pontos por cada dólar gasto na compra de passagens aéreas, que poderiam ser trocados por bilhetes prêmio precificados em pontos conforme o preço em dinheiro das passagens, ou seja, quanto mais cara a passagem fosse, mais cara ela custaria em pontos (isso lhe faz lembrar algo atual com relação à Latam?).
Uma melhoria que até hoje nos beneficia foi lançada pela American Airlines, em 1981: ela passou a estabelecer parcerias com empresas não aéreas para acúmulo de pontos pelos participantes do AAdvantage. A United seguiu a concorrente e as duas foram as precursoras desse modo de acúmulo de milhas e cresceram de forma expressiva a ponto de terem portais de compras online e programas de recompensas gastronômicos.
O status elite surge em 1983, com a United. A American não ficou para trás e lançou o programa AAdvantage Gold para os seus 2% melhores clientes, em 1987.
As oportunidades de acúmulo aumentaram em com elas o custo para os resgates também, com as cias aéreas passando a exigir muito mais milhas para a emissão de passagens prêmio.
A ideia de expirar as milhas após um determinado tempo veio com a United, em 1989, e se tornou padrão da indústria com algumas exceções, por incrível que pareça a United se tornou uma dessas exceções em 2019.
Já a compra de milhas surgiu com a Air Canada, em 1990, quando os passageiros podiam comprar até 10% das milhas necessárias para uma passagem prêmio.
Os cartões de crédito
Um dos principais acontecimentos que alavancaram o mundo das milhas foi o surgimento dos cartões de crédito de companhias aéreas, os chamados co-branded, que garantiam o acúmulo de milhas com os gastos do dia a dia, passando a alcançar um público que não era necessariamente passageiro frequente.
Os primeiros cartões desse tipo surgiram nos Estados Unidos na década de 80, a Eastern Airlines (Continental) se uniu com o Marine Midland Bank para criar o Continental TravelBank Gold MasterCard.
As primeiras versões de cartões co-branded com cias aéreas não apresentavam muitas vantagens, mas acabaram por definir o modelo atual de programas de recompensas desses cartões, desde os vários níveis do cartão como também as regalias que oferecem, como acesso à salas vip, bagagem gratuita e outros benefícios.
Em paralelo, surgiram cartões de crédito sem a marca de cias aéreas que acumulavam pontos em programas de recompensas dos emissores que podiam ser transferidos para os programas de fidelidade de cias aéreas parceiras. O primeiro a disponibilizar esse tipo de cartão foi o Diners Club, em 1985.
As alianças entre cias aéreas
A formação e a expansão de alianças entre as companhias aéreas vieram a incrementar ainda mais as chances de acúmulo e resgate de milhas pelos viajantes.
Tudo começou com a Star Alliance em 1997, e que, hoje, é a maior aliança, tanto em cias aéreas participantes (26) quanto em share (participação no mercado) que gira em torno de 24%.
Depois vieram a Oneworld e a SkyTeam, sendo que todas as alianças abriram um mar de possibilidades de resgates e acúmulos para os viajantes.
O impacto das fusões no mundo das milhas
Fusões significativas entre cias aéreas do mundo todo impactaram a vida dos milheiros, de forma positiva e negativa. De um lado, novas opções de resgate surgiram, pois suas milhas passaram a fazer parte de novos programas participantes de outras alianças. O outro lado da moeda é que as fusões trouxeram muita insegurança ao considerarmos que poderiam resultar em saída de alianças interessantes para os viajantes.
O que vem pela frente?
Não temos bola de cristal para prever o que vem por aí no mundo das milhas aéreas, mas podemos considerar algumas dicas que a história nos dá.
Muitas formas de acúmulo de milhas surgiram ao longo do tempo, inundando o mercado com milhas, inclusive como uma forma de sobrevivência das cias aéreas. Não, o mundo das milhas não vai acabar como alguns pessimistas proclamam.
Mas, na mesma proporção que a disponibilidade de milhas aumenta, restrições sobre como e onde os viajantes podem utilizar essas milhas devem continuar surgindo.
Desesperar-se não é a solução. As dificuldades podem ser uma oportunidade para aqueles que se dedicam a estudar a fundo o mundo das milhas e dominar suas complexidades. Esses seguirão viajando mais e melhor, apesar das dificuldades.
Conta pra gente aqui sua dúvida ou opinião na caixinha de comentários! Fique ligado aqui no Blog EPM e não perca outras notícias como essa e aproveite para seguir o meu perfil no Instagram @quevoceviaje, onde compartilho experiências, roteiros e dicas para que você viaje!
Para mais matérias sobre milhas, acesse AQUI!
Até o próximo post!
Juliana Molinari (@quevoceviaje)
Lembrando que toda vez que você reserva seu hotel, contrata o seguro viagem, compra um chip de celular, aluga um carro, garante os tickets para passeios ou compra suas passagens aéreas pelos links aqui do blog, você estará ajudando que todo conteúdo desse blog continue sendo gratuito e que eu possa continuar levando esse projeto a todos os viajantes!
Aproveita e se inscreve no canal do Youtube e no Instagram do Estevam para ficar sabendo de mais dicas e novidades sobre viagens além de reviews de companhias aéreas!
Ter a vida de um viajante é um sonho pra você? Descubra como o Estevam viaja o Brasil e o mundo, pagando muito pouco, aproveitando todo o conforto da Execuryca e o que tem de melhor nas salas VIP!
Se você está aqui é porque ama viajar, e pensando nisso criamos o Viajando Com Milhas. Um curso que se tornou uma comunidade, com milhares de viajantes aproveitando o nosso time de especialistas, para ficar sempre por dentro das melhores estratégias de acúmulo de milhas e emissões que tornam a sua viagem muito mais barata.
Quer saber mais? Clique AQUI e veja tudo o que preparamos para você!