Todo mundo já sabe que as companhias aéreas low cost possuem características bem específicas (e muitas vezes polêmicas). Mas, será que a experiência de voar com empresas baixo custo é sempre igual? O que pode mudar entre uma companhia ou outra?

Reunimos 5 viagens da nossa equipe com diferentes companhias low cost para te mostrar quais as semelhanças e diferenças entre elas e como algumas podem, inclusive, se aproximar de companhias convencionais.

Diferentes experiências com empresas low cost ao redor do mundo

Ryanair

Vamos começar pela mais famosa entre as empresas low cost: a Ryanair. Essa companhia opera voos por toda a Europa, além de conectar esse continente a alguns países do Oriente Médio e norte da África.

A Ryanair é muito famosa pelas passagens extremamente baratas. Mas, já explicamos aqui no site que para uma empresa ofertar assentos a preços tão baixos, precisa fazer com que sua operação seja o mais econômica possível.

É por isso que o serviço dessa empresa é um dos mais simples entre as low costs e costuma ter vários custos extras. Por exemplo: fazer o check-in presencial ou imprimir seu cartão de emparque no aeroporto possuem valor adicional.

Obviamente, para levar mala de bordo e despachada, a viagem fica mais caras. Em geral, a tarifa mais simples e chamativa das ofertas da Ryanair permitem que você leve apenas uma pequena mochila abaixo do assento a sua frente.

Na cabine, se prepare para assentos muito básicos, sem conforto e espaço apertado. Por isso, já deixo aqui a sugestão de que, apesar dos valores atrativos, voar com a Ryanair é ideal para trechos pequenos.

O Estevam já voou com a Ryanair e você pode conferir a experiência dele aqui ou no vídeo abaixo:

SKY Airline

Na minha opinião, a SKY Airline é uma das melhores companhias aéreas que já voei no quesito qualidade do serviço. Inclusive, ela já foi eleita quatro vezes a melhor low cost da América do Sul.

Em geral, voar com ela se parece bastante com a experiência de fazer um voo doméstico aqui no Brasil – exceto pelo serviço de bordo pago e pelas tarifas de passagens.

Sempre tive viagens muito tranquilas, com comissários simpáticos e que, para mim, não foram desconfortáveis para pequenas viagens internacionais de tempo médio.

Considerando que um voo do Brasil a outros países da América do Sul com a SKY vai levar de 2h a 6h, em média (a depender da cidade de partida), pode ser que você queira fazer um lanche a bordo. Para o padrão de serviço de bordo pago, os valores nessa companhia aérea são razoáveis.

Você pode conferir como foi a minha experiência voando com a SKY de São Paulo a Santiago aqui ou assistir ao voo do Estevam no vídeo abaixo:

LEVEL

Sabia que dá para atravessar o oceano de low cost? A LEVEL é uma companhia aérea espanhola que oferece viagens entre a América e Barcelona com condições mais simples que uma empresa convencional.

As aeronaves são configuradas com duas classes e cabine: Premium e Economy. A Premium vai oferecer uma experiência parecida com a Econômica de uma companhia aérea convencional. Já a Economy vai ter algumas características de low cost, como por exemplo:

• apesar de ter telas de entretenimento, os fones de entretenimento são pagos (leve os seus);
• serviço de bordo está incluso apenas em alguns tarifas ou pode ser comprado como serviço adicional;
• as poltronas são estreitas e não muito confortáveis para viagens longas.

Eu fiz a reserva do meu voo com a Level com milhas Smiles e isso foi bastante vantajoso financeiramente. Além das milhas terem me ajudado a pagar bem menos pelo voo internacional, a tarifa de resgate nesse programa já inclui bagagens e o serviço de bordo.

No entanto, para um voo que atravessa o oceano, o assento acaba sendo bem desconfortável e isso torna a viagem cansativa. Nesse caso, considero que só vale a pena investir numa low cost se a prioridade for, de fato, economizar.

Veja mais detalhes da minha viagem com a LEVEL.

AirAsia

Minha experiência com a AirAsia foi com a unidade da empesa que possui base na Malásia. E essa foi uma das low costs mais criteriosas que já voei.

No aeroporto de Kuala Lumpur, por exemplo, nenhum passageiro podia passar para a sala de embarque sem medir e pesar sua bagagem de bordo e item pessoal. Caso eles saíssem do padrão ou não respeitassem o limite permitido pela tarifa da passagem, era preciso retornar ao balcão da companhia aérea para pagar pelo despacho.

Essa viagem reforçou para mim a importância de chegar ao aeroporto mais cedo, mesmo com o check-in online feito.

Fora isso, o atendimento da AirAsia foi muito bom, com funcionários muito simpáticos tanto em solo quanto a bordo.

Dentro da cabine, o estofado da poltrona era confortável e o espaço individual era muito bom, seguindo o padrão de empresas convencionais.

Confira detalhes da minha viagem com a AirAsia.

Jetstar

Sabemos que, para uma companhia aérea, manter aeronaves em solo têm altos custos. Por isso, as empresas querem sempre que seus aviões estejam operando. Mas esse foi um dos motivos da experiência com a Jetstar não ter sido das melhores.

Os funcionários do check-in e embarque estavam trabalhando com uma rapidez que deixava a desejar aa atenção com os passageiros. Na hora de entrar na aeronave, não houve organização e o portão ficou totalmente caótico. Posteriormente, depois de muitos minutos, decidiram organizar a multidão por grupos, de acordo com o número do assento.

A aeronave não tinha recebido uma boa limpeza entre os voos e dava para notar bastante sujeita no carpete. Além disso, o espaço individual da cabine era pequeno.

Para voos curtos, como foi o caso do meu da Tailândia para Singapura, o valor pode até compensar. Mas, para voos longos, a viagem pode não ser agradável. Inclusive, o serviço de bordo pago a parte é cobrado em Dólares singapurianos e tinha preços bem elevados no menu (até mais caro que no aeroporto).

Veja mais detalhes de voar com a Jetstar.

Considerações

Alguns viajantes não se incomodam de viajar com low costs. Outros avaliam as circunstâncias. E tem também quem evita totalmente essas empresas. A verdade é que o padrão de segurança é exatamente o mesmo das companhias convencionais. O que muda, de fato, é o serviço. E cada passageiro define, particularmente, suas prioridades.

Para mim, que prefiro economizar no trajeto para investir mais no destino, não me incomodo de fazer voos curtos e médios com essas empresas, desde que o valor compense.

E você? Já teve experiência com alguma low cost e gostaria de deixar seu relato para informar outros viajantes? Comente abaixo!

Por fim, aproveite para ver nossas avaliações de diversas companhias aéreas e classes de cabine na aba de Reviews!

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