123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial I EPM
123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial

123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial

A agência on-line 123 Milhas, após o cancelamento da venda de diversas passagens e pacotes flexíveis e a demissão em massa de funcionários, entrou com pedido de recuperação judicial. Saiba mais neste post!

A recuperação judicial

Na data de hoje (29/08), a 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial junto à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

No processo de recuperação judicial, a agência informa os acontecimentos que desencadearam o pedido:

  1. Os resultados esperados para a venda de passagens e pacotes flexíveis não foram alcançados porque a empresa apostava que os clientes iriam adquirir outros produtos relacionados à viagem, o que não ocorreu;
  2. Inesperado aumento e persistência dos altos preços das passagens no período pós-pandemia;
  3. Expectativa frustrada da empresa de redução dos preços das passagens aéreas antes de iniciar as vendas das passagens e pacotes flexíveis, fundamentada na previsão de aumento da oferta de voos após a pandemia; e
  4. O cancelamento das passagens e pacotes flexíveis para 2023 fragilizou a imagem da empresa e, por consequência, levou à redução sensível das vendas e aumento do consumo do caixa da empresa.

“Nesse contexto, a 123 Milhas se viu impossibilitada de emitir as passagens aéreas, pacotes de viagem e os seguros adquiridos pelos clientes do Programa Promo123, especialmente nos prazos contratados, motivo pelo qual entendeu por bem retirar o Programa Promo123 do ar e buscar, por meio do presente pedido de Recuperação Judicial, cumprir tais obrigações de forma organizada”, consta no pedido.

O pedido de recuperação judicial foi formulado pela 123 Milhas, HotMilhas e a Novum (Holding que detém 100% do capital da agência de viagens).

Já a crise da HotMilhas foi justificada da seguinte forma:

“As companhias aéreas alteraram seus sistemas de segurança e criaram barreiras que impedem o sistema da 123 Milhas de pesquisar passagens vendidas com pontos/milhas, dificultando, assim, o desempenho das atividades das Requerentes, afetando negativamente o crescimento das vendas da companhia e, consequentemente, a sua geração de caixa”.

Comunicado da 123 Milhas

“A 123milhas informa que protocolou hoje (29/08) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais um pedido de Recuperação Judicial.

A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A Recuperação Judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira.

A 123milhas ressalta que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados.

A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro.”

Relembre o caso

Conforme noticiamos AQUI, em virtude do cancelamento das passagens flexíveis pela 123 Milhas, a empresa decidiu devolver aos clientes os valores pagos com correção monetária de 150% do CDI por meio de vouchers.

Para agravar a situação, no dia 27/08, a HotMilhas comunicou a suspensão das compras de milhas, situação que abordamos AQUI no Portal.

Ontem (dia 28/08), a 123 Milhas realizou uma demissão em massa de funcionários.

Na data de hoje, antes da divulgação do pedido de recuperação judicial, surgiram relatos de que os clientes nem sequer estavam mais conseguindo utilizar os vouchers disponibilizados em razão do cancelamento de passagens e pacotes flexíveis.

O que acontecerá com a 123 Milhas e a HotMilhas?

O pedido de recuperação judicial é realizado com o objetivo de evitar a quebra das empresas.

Se o pedido for acatado, as empresas poderão seguir operando enquanto negociam com os credores. As execuções de dívidas ficarão suspensas por 180 dias, sendo esse prazo prorrogável.

Além disso, as empresas terão 60 dias para apresentar um plano de recuperação a ser avaliado pelos credores com intermediação da justiça.

A notícia não é nada boa e sinaliza o cenário crítico em que as empresas se encontram. A equipe EPM acompanhará o caso de perto e, assim que houver novidades, compartilharemos aqui no Portal.

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Juliana Molinari (@quevoceviaje)


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Escrito por Lucas Estevam

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