França quer o fim das passagens baratas em nome do meio ambiente

O Governo Francês quer acabar com as passagens baratas, estabelecendo um preço mínimo para voos no país, com o propósito de ajudar o meio ambiente. Saiba mais, neste post!

A proposta

O Ministro dos Transportes da França, Clément Beaune, anunciou planos para eliminar passagens aéreas ultra baratas dentro da França. Beaune propôs “o estabelecimento de um preço mínimo de passagem aérea” para “lutar contra o dumping social e ambiental”.

O Ministro ainda defende que “bilhetes de avião a 10€, num momento de transição ecológica, já não é possível” e que “isto não reflete o preço para o planeta”.

Inicialmente, a proibição alcançaria apenas voos domésticos, tendo em vista que seria muito mais complicado implementá-la em voos internacionais, diante das diferentes leis internacionais. 

Vale lembrar que a França, com o mesmo argumento de sustentabilidade, proibiu voos domésticos de curta distância que possam ser percorridos de trem em até 2h30min.

As críticas à proposta

O compromisso com a redução de carbono é louvável contudo, a medida proposta pela França pode ser considerada questionável porque:

• as companhias aéreas deveriam investir em aeronaves mais eficientes em termos de combustível e receber incentivos para fazer isso;
• a restrição poderia ser aplicável a jatos particulares, uma vez que as emissões dessas aeronaves são desproporcionalmente grandes;
• o Governo deveria incentivar a operação de voos lotados, para que as emissões por passageiro fossem as mais baixas possíveis;
• a proibição de passagens baratas prejudicaria o acesso das pessoas ao turismo, penalizaria justamente quem viaja de forma mais eficiente e, por consequência, fragilizaria a economia;
• o impacto da medida seria possivelmente insignificante para o meio ambiente, uma vez que só se aplicaria a voos domésticos dentro de França, que já estão reduzidos em razão da comentada restrição anterior do Governo relacionada ao uso de trens; e
• a concorrência seria penalizada na medida em que companhias aéreas low cost teriam o seu modelo de negócio inviabilizado.

O que você acha da medida? Seria uma estratégia adequada para proteger o meio ambiente, na sua opinião?

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Até o próximo post!

Juliana Molinari (@quevoceviaje)

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